Petrolina, 17 de maio de 2022
Recentemente retornei ao lugar que me formou como gente e acredito consideravelmente como professor, na verdade, nem lembrava desta data póstuma kkkk quando na noite anterior ao meu retorno extremamente ansioso e sem conseguir dormir para o dia longo que viria me deparei retornando a imagens antigas e lembranças guardados, quando tomo por mim e observo as datas: 2012, exatos em 2022 uma década do final de um sonho e de uma aventura sem precedentes.
Estar de volta em casa, não tem precedentes, não há palavras para descrever os sentimentos, as lembranças e tudo que se passou na minha cabeça na última semana, foram muitos anos de saudade, foram muitos anos de intensidade que ficam cada vez mais distantes na memória e no coração de quem viveu muito tudo aquilo. Como se cada lugar, cada cantinho me falasse algo sobre aquele que fui, sobre os sonhos que tive, sobre quem me tornei.
Fiz questão de contar a todos de antigamente sobre a data a ser comemorada, é preciso delimitar espaços-tempo nas nossas jornadas, ou nos tornamos homens e mulheres sem ser, porque somos aquilo tudo que já vivemos, até mesmo aquilo que não foi nossa escolha direta.
Muitas coisas mudaram nesses longos dez anos. Eu mudei. A escola mudou. Os professores, as relações, as pessoas, os lugares e de certa forma até as lembranças que vão gradualmente se perdendo na fina poeira do tempo. Contrariamente as leis da física, sou o mesmo, apesar do passar dos anos. Sempre crente. Na maior parte das vezes esperançoso, do esperançar freiriano. Que delícia voltar para casa, eu tinha tanto para dizer, que no momento devido às palavras fugiram pelos leves ventos da vida: breves, sinuosos e silenciosos.
Ficam com isso a saudade daquilo que foi e graças a turbina do tempo não voltam mais…