Petrolina, 25 de Abril de 2022
De uns anos para cá essa pergunta tem me trazido um ligeiro incômodo, mesmo eu a usando com bastante frequência. Dada a complexidade desse questionamento e o real interesse das pessoas em descobrir o meu estado emocional no momento da pergunta, tenho respondido: "Não estou bem, mas já estive pior!" ha ha. E assim as coisas vão caminhando.
Se me perguntassem a quatro meses atrás como eu imaginaria que estaria agora, eu definitivamente não diria que estaria do jeito que estou, há quatro meses atrás em Dezembro de 2021 eu estava com muitas certezas, talvez tenha sido um erro tantas delas, inclusive.
Muitos projetos e muitos caminhos "quase" que dados, aos poucos foram se perdendo nas penumbras da vida e tudo aquilo que eu tinha como meu, foi se esvaindo, se dissipando no ar, como a fumaça de um cigarro acabado.
Doce ilusão a minha, já diria algum velho ditado ou provérbio chinês "O que é seu de verdade, não pode ser tirado de você" e tudo que eu achava que tinha, nunca me pertenceu. Baita aprendizado para um ano de altas expectativas kkk.
Aí caros leitores, professores e professoras, coisa difícil fazer educação neste país! Dizem por aí, que isso aqui não é para amadores, tenho lá minhas dúvidas eu acho que nem para profissionais são. kkkk Mas seguimos esse devaneio...
Entre as minhas dores daquilo que deveria ter sido e não foi, está aquela que mais dói na estante das minhas velhas quinquilharias: Estar distante da sala de aula por tanto tempo e desde que me formei há mais de sete anos atrás é a primeira vez que me encontro sem um vínculo profissional e distante daquilo que mais gosto de fazer: Ensinas outras pessoas.
Recentemente tive o prazer de realizar uma substituição e ter novamente o gostinho da confusão da sala de aula, que após dois anos de distanciamento e pandemia está realmente mais caótico, vivenciei e resolvi um trauma que existia entre mim e os 6ºs anos, lecionei para 3 turmas desse ano e tive a felicidade de relembrar o gostinho de estar em sala de aula novamente, ainda não consigo expressar tudo que senti nos dias que se passaram… na verdade não sei porque escrevo hoje para o blog… talvez a saudade, depois de tanto de tempo sem escrita e sem a lida da sala de aula.
Por aqui as coisas caminham, a passos lentos do meu desejo, mas seguindo sabendo que haverá de nascer o sol mais uma vez…até a próxima.
Aguardo vocês aqui no chão da sala de aula.