Desde tempos fiquei pensando no que poderia falar-lhes para eternizar o que vivemos, fiquei matutando por dias em presentes, em comidas e lembranças físicas que pudessem concretizar em um dado momento histórico as nossas aventuras, os nossos risos e as nossas lágrimas.
Me enganei...
Aquilo que se vive, não se eterniza. Uma vez acabado, morre. Deixa de existir. Assim como tudo no universo que conhecemos.
Mas mais uma vez fui enganado e li ou ouvi não sei ao certo, nem onde, nem quando e nem como a frase que representa tudo que vivenciamos nos últimos meses:
Por que a única coisa que não pode ser apagada, que não pode ser esquecida, que não morre: é o passado, é o que passou, o que deixou de existir. Está ali cristalizado no tempo, concretizado para a eternidade e hora ou outra, nos momentos de alegria ou de tristeza, a gente volta para aquele lugar vindouro. Por que o que é lembrar, se não viver novamente o que um dia existiu?
Obrigado por cada momento, por cada palavra: as ditas e as não ditas. Por cada abraço, conselho e cochicho. Obrigado por cada dica, cada dúvida e cada resposta. Obrigado por dividirem comigo o meu último ano de Ensina e por fazerem toda essa experiência valer a pena.
Eu amo muito vocês e me dói saber que agora seguiremos caminhos distintos e que o amor será eternizado nas lembranças, mas me deixa feliz saber que tive a oportunidade de conhecê-las e dividir esse momento histórico tão difícil com mulheres tão fortes e inspiradoras, que me ajudaram a não perder a esperança, e a esperançar da forma mais bonita: lutando e construindo uma educação de qualidade para todos e para todas nesse país.
Como já falamos anteriormente vamos, mas ficamos com tudo que deixamos um para outro e mais uma vez e até o fim:
Até as salas de aula da vida!